sábado, 29 de dezembro de 2018

Duras Verdades: Leonor

Ana Oliveira interpretou Leonor, a mulher do escritor, amante do amigo e rival da jornalista. O centro da intriga.







Duras Verdades: A jornalista

Teresa da Silva interpretou uma ambiciosa jornalista que fez crescer a intriga na peça Duras Verdades.








Dura Verdades: O amigo

Nuno Murta interpretou o amigo da onça na peça Duras Verdades. Foi uma revolução no seu visual!








Duras Verdades: O escritor

Algumas imagens do escritor de Duras Verdades, protagonizado por Luís Nogueira. Talvez tenha sido uma boa premonição!




Regresso ao Passado: Duras Verdades

Estavam perdidas num arquivo, as fotos da nossas primeira produção: Duras Verdades, de David Lodge.
Com encenação de Pedro Ramos, sonoplastia de Maria Paula Rocha, teve a interpretação de  Ana Oliveira, Luís Nogueira, Nuno Murta e Teresa da Silva. Aqui vão algumas fotos do Pedro Conceição para recordar momentos divertidos!





terça-feira, 25 de setembro de 2018

Dia 29 de Setembro as heroínas trágicas celebram o Espírito do Lugar em Milreu

Margarida Almeida, Inês Mendes, Ana Oliveira, Catarina Silva e Inês Martins


Nunca cessaremos de perseguir e pesquisar o tempo e as suas circunstâncias. E o fim de todas as nossas pesquisas consistirá em regressar ao ponto de partida, em nos reconhecermos nesse tempo e nesse lugar pela primeira vez.
            Seis personagens vão tecendo entre si os fios de uma filigrana que as confrontará com o espelho do tempo, com o espírito do lugar.
António Gambóias

terça-feira, 11 de setembro de 2018

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

O espírito do lugar


Construímos a nossa casa sobre um estendal de ruínas. Habitamo-la com o desencanto da injúria e somos nela o estrangeiro, o seu último propósito.
As cidades fazem-se todos os dias. Umas envelhecem, outras tornam-se antigas.
Acontece o mesmo com as pessoas... o futuro instalou a sua distância naquilo que é o presente e a recordação é o que está depois do que foi vivido, como se fosse a memória a construir o dia de amanhã...
É esse o espírito do lugar, habitado e recriado pelo viver e pelo diálogo entre culturas...



quinta-feira, 30 de agosto de 2018

O legado das mulheres


Nós, mulheres, que damos a vida, não podemos querer a morte!

Hipátia

Ana Oliveira

"Vestida com o manto dos filósofos, abrindo caminho no meio da cidade, explicava publicamente os escritos de Platão e de Aristóteles, ou de qualquer filósofo a todos os que quisessem ouvi-la… Os magistrados costumavam consultá-la em primeiro lugar para administração dos assuntos da cidade".

Hesíquio de Alexandria

Perséfone

Margarida Almeida

Aqui a vida é morte,
E onde não há olhares
Brisas tênues escoltam
Débeis almas e naves;
São párias à deriva,
Nus de expectativa;
Mas aqui não há brisa,
Nem voejam tais aves.

The Garden Of Proserpine
Algernon Charles Swinburne

Ifigénia

Leonor Mendes


Felizes os que, com medida divina           543
e segundo a sabedoria,
tiveram parte nos prazeres de Afrodite,
com calma usando
o aguilhão furioso das paixões
quando Eros de loura cabeleira
os dardos ambos dispara das suas graças,
um para destino de felicidade,
outro para tormento de vida.
A este afasto eu, linda Cípris,
do meu tálamo.
Haja para mim graça
comedida e castos amores;
dos dons de Afrodite participe
mas evite os seus excessos.

Eurípides

Antígona

Inês Martins

O primeiro tema da reflexão grega é a justiça
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente
Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método obíquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos
Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recuasse
E a terra bebeu um sangue duas vezes puro
Porque eras a mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua
Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste
E a busca da justiça continua

Sophia de Mello Breyner

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Eurídice

Catarina Silva

Iludia-me. A morte, que é o fim
do amor, corria à solta nos temporais
da alma. Eu podia ter uma consciência  da sua presença nalguns intervalos bruscos,
quando os teus passos me faltavam, e
só uma nova respiração, atrás de mim, me
restituía o ânimo da ascenção.

...

Nuno Júdice, A Pura Invenção do Amor, D. Quixote
...



Ouvir as Vozes do Lugar

Este é um projeto contemplativo que convida a ouvir as vozes do passado para inspirar os percursos do futuro. A partir de cinco personagens históricas (Eurídice, Ifigénia, Perséfone, Hipátia e Antígona) as vozes amplificadas pela memória do lugar, dão origem a personagens contemporâneas que partilham as dúvidas e os receios, mas também os sonhos e os projectos dos homens e das mulheres de hoje.
Inês Martins, Ana Oliveira, Catarina Silva, Leonor Mendes e Margarida Almeida

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Regresso ao Branco - DiVaM em Milreu


Este projeto insere-se numa lógica de imersão total no espírito do lugar, bebendo do caldo do património, através de uma dramaturgia que se alicerça numa pesquisa, visando a emergência do confronto com os dilemas das figuras históricas.
Na qualidade de herdeiros da indagação filosófica clássica propomo-nos transfigurá-la em diversas linguagens artísticas e numa fruição estética, consumando a possibilidade de recuperar o espírito da interrogação crítica.
A produção conta com a criação de um texto original sobre a subversão dos valores na sociedade contemporânea, pontuado por arranjos musicais de vozes femininas, protagonizados pelo coral “outras vozes”.
Pretende-se ainda desenvolver um elaborado trabalho de instalação sonora que dará o mote a um percuso temático.